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Bebês e crianças pequenas devem usar computadores, Ipads ou celulares?

 

Elas podem e devem fazer uso das mais diversas tecnologias. Mas, num mundo cada vez mais interativo e digital, como fazer com que crianças de até quatro anos de idade tenham uma relação saudável com computadores e iPads?
  Algumas ainda não sabem ler, escrever ou amarrar os próprios sapatos, mas já nasceram em meio às teclas e botões, e isso pode ser considerado uma vantagem e tanto. As mãos ainda são pequenas e, para usar o tablet, por exemplo, é preciso apoiá-lo no colo. Mas, com dedinhos ágeis e olhos curiosos, crianças de até quatro anos se viram com facilidade em aparelhos modernos, escolhem o jogo que mais gostam para brincarem sozinhas ou com outras crianças, e podem se divertir por horas no chamado ‘mundo virtual’. O mesmo acontece com computadores, celulares e o controle da TV.
O mercado, por sua vez, oferece milhares de aplicativos voltados a essa faixa etária e que podem ser baixados em diferentes plataformas. No entanto, até que ponto o uso da tecnologia pode contribuir ou prejudicar o desenvolvimento
de uma criança?

Para falar sobre o tema, Dolce conversou com a psicóloga e psicanalista, Christine Bruder, idealizadora do berçário Primetime Child Development. Segundo ela, a aproximação das crianças com os aparelhos eletrônicos não é algo nocivo, porém não se pode considerar que todos os estímulos sejam inofensivos aos bebês. “É necessário que se tenha conhecimento daquilo que está sendo apresentado à criança e como isso pode contribuir com o seu desenvolvimento.”
Nos últimos 30 anos, a tecnologia evoluiu consideravelmente e, de um jeito ou de outro, ela faz parte da rotina de grande parte da população. O que muda, para nós adultos, é a percepção que temos de que as crianças já nascem sabendo interagir com os aparelhos eletrônicos, e fazem isso de uma forma muito natural. Passar fotos, assistir a vídeos ou brincar no iPhone, iPad ou iPod, por exemplo, são tarefas que os pequenos realizam com muita facilidade e, muitas vezes, sem um adulto precisar ensinar.
Entre as opções oferecidas pelo mercado, estão jogos, músicas, vídeos e inúmeros desenhos interativos desenvolvidos especificamente para este público. E com tanta opção, a dúvida é: tablets e celulares, por exemplo, devem ser brinquedos para bebês e crianças de até três anos?

 
 

O tema é bastante polêmico e ainda gera muitas dúvidas em alguns pais. No entanto, Christine afirma que, para que essas e outras experiências tenham significado, elas devem fazer sentido dentro da vida do bebê, além de parte do que ele já conhece. “Ao oferecermos diariamente e constantemente uma grande variedade de experiências, estamos mantendo em aberto possibilidades de exploração e de conexões entre essas vivências,” explica.

Ciberespaço
Mas, como saber se a criança está tendo uma relação saudável com todas essas tecnologias? Christine reforça que, ao contrário do que se pensa, a criança pequena não é 

inserida no mundo da tecnologia pelos adultos; é a tecnologia que já faz parte do funcionamento do mundo que a criança está inserida, portanto ela precisa ter a oportunidade de conhecer esse aspecto do mundo, assim como outros aspectos não menos importantes da realidade como os relacionamentos humanos e as leis da física, por exemplo. “Do ponto de vista do desenvolvimento infantil, de zero a três anos a criança precisa ser exposta e ter a liberdade de explorar, de forma segura, as possibilidades da tecnologia de acordo com seu interesse e habilidade, de preferência sob a supervisão, mas sem a orientação do adulto, a menos que a criança solicite.” O recomendado é que a criança passe até meia hora por dia

em frente a TV ou com tablets e congêneres, já que a maior parte do seu tempo deve ser ocupada com brincadeiras ao ar livre, relações mais pessoais e materiais que ofereçam interação de qualidade, ou seja, cabe aos pais colocar os limites. “É fundamental que eles controlem quando e por quanto tempo essa criança pode estar na frente da televisão assistindo a um DVD ou brincando com jogos eletrônicos etc. Como sempre, vale a pena fazer uma pesquisa para descobrir alternativas de qualidade em termos de filmes, programas ou joguinhos. Nem sempre o que está na moda é adequado à criança daquela idade ou a qualquer criança”, finaliza.

 
Apesar da grande oferta de aplicativos no mercado, poucos deles são adequados do ponto de vista do desenvolvimento de zero a três anos. Os pais que desejarem oferecer acesso aos aplicativos devem estar atentos a três fatores:
     
  1- Procurar os que oferecem possibilidades mais livres e amplas de interação, como aqueles com instrumentos musicais, música, pintura, desenho e histórias, fugindo daqueles que visam treinar a criança pequena a reconhecer letras, números e animais. Decorar músicas ou decorar visual e auditivamente símbolos (letras, números, formas geométricas etc) não promove o aprendizado no sentido mais amplo da palavra e ainda ocupa o espaço de vivências criativas e de exploração do mundo, essas sim cientificamente apontadas como determinantes para o desenvolvimento da inteligência dos menores de três anos. 2- O adulto deve estar presente e fazer companhia às crianças durante o uso do aplicativo para que através de conversas, perguntas e comentários, a experiência seja também de interatividade humana e leve a criança a pensar e desenvolver o raciocínio crítico (os aplicativos ‘Little Fox’ e ‘ABC Foods’ são duas opções). Os tablets e afins não deveriam ser ferramentas de isolamento. As crianças até três anos precisam conviver com outras pessoas (crianças e adultos) aproveitando a variedade e complexidade de interação que elas oferecem. 3- A academia americana de pediatria desaconselha mais do que 30 minutos de exposição por dia a qualquer tipo de tela: TV, DVD, tablets, telefones celulares etc, independente do conteúdo apresentado.  


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